quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Inserção de Barra de Guabiraba na Rede Pernambucana de Municípios Saudáveis

por Ellen Reis
São Joaquim da Barra, apenas Barra, Itapecó, Guabiraba e, finalmente, Barra de Guabiraba. Foi o historiador Mário Melo que se deparando com uma frondosa Guabiraba na confluência dos rios Sirinhaém e Bonito Grande teria determinado o nome do local como definitivamente Barra de Guabiraba. Os vários nomes pelos quais o lugar passou revela toda uma grande carga histórica que começou com uma pequena população em derredor do sítio de Manuel Lorentino dos Santos. Mais tarde o povoado foi elevado à categoria de vila, em 1939, e em 1958 a município. 
Colar produzido por mulheres artesãs
de Barra de Guabiraba
Barra de Guabiraba faz parte da microrregião do Brejo Pernambucano (Agreste) juntamente com Bonito, Camocim de São Félix, Sairé e São Joaquim do Monte; situa-se geograficamente nos domínios da Bacia hidrográfica do Rio Ipojuca; tem hoje uma população de 12.765 habitantes (IBGE/2010); possui um solo fértil, propício à agricultura, como o plantio da cana-de-açúcar e o município é um dos maiores produtores e exportadores de flores da região. A cidade usufrui de riquezas ainda maiores: a água e os trabalhos artesanais. Barra possui diversas cachoeiras espalhadas por todo o seu território. E entre as quedas d’águas mais visitadas estão as do Galo e a da Onça, próprias para o banho. Além disso, o município é conhecido pelo grande trabalho que desenvolve na área do artesanato com a produção de colares, por exemplo. Com o objetivo de destacar a cultura local e fortalecer a integração social dos membros da comunidade foi que o Núcleo de Saúde Pública e Desenvolvimento Social (NUSP) iniciou suas ações intersetoriais em promoção da saúde dentro da perspectiva de Município Saudável em Barra.
A inserção dessa cidade na Rede Pernambucana de Municípios Saudáveis engloba as questões sociais, – tentativa de melhorar o IDH da microrregião - a questão geográfica e a própria vontade política do governo e da comunidade local. Foi a partir de então que, juntamente com Bonito, Camocim de São Félix, Sairé e São Joaquim do Monte, Barra de Guabiraba fez parte do grupo de municípios piloto para compor o projeto “Municípios Saudáveis no nordeste do Brasil. Na medida em que atividades iam sendo desenvolvidas nessas localidades, houve a necessidade de promover encontros de Rede com o objetivo de compartilhar os resultados obtidos nas cidades. Através desses encontros, Barra de Guabiraba tomou conhecimento do sucesso do artesanato com as mulheres e crianças artesãs, da zona rural de São Joaquim do Monte, no distrito de Barra do Riachão que apresentavam um trabalho artesanal de rede de pesca, utilizando o cordão como matéria-prima. Os grupos de mulheres e crianças tiveram o apoio da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) através de um projeto de extensão. As ações desenvolvidas deram tão certo que os produtos ganharam espaço na Feira Nacional de Negócios do Artesanato (FENEARTE).
Barra de Guabiraba desejou desenvolver atividades artesanais semelhantes as que estavam acontecendo em Barra do Riachão e com o apoio da cooperação internacional Brasil-Canadá, através do projeto Ações Intersetoriais em Promoção da Saúde (AIPS)-Empoderamento das Mulheres Artesãs de Barra de Guabiraba e Modelando Sonhos: Integrando o Artesanato e o Design para a construção de um município Saudável em Barra foi criado o grupo “Arte das Comadres”, com mulheres do bairro da Boa Esperança.

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