quarta-feira, 20 de julho de 2011

A gratuidade do amor na arte do encontro

por Ellen Reis
Rostos marcados pelo tempo conseguem “atar as duas pontas da vida e restaurar na velhice a adolescência”; são como relicário de gerações. Produzem riso tão facilmente por chegar à conclusão de que não há mais tempo para irar-se: o amor e a vida travam um diálogo tão finito que apressar-se é o único chamado. O grito da maturidade ecoa em vibração de alegria porque não há mais nada para perder, seja a disposição, a memória ou a cor do cabelo. Chega-se à conclusão de que a eternidade evoca-se em cada fração de segundo. A vida a partir de agora passa a ser “semente viva” que anseia pelo Já. 
 
Foi nesse contexto que surgiu a oficina temática sobre o amor e o envelhecimento do projeto “A Promoção da Saúde e o envelhecimento: um caminho para cuidar de si”, coordenado por Janete Arruda, Assistente Social e técnica do NUSP (Núcleo de Saúde Pública e Desenvolvimento Social). Tendo em vista a possibilidade de falar sobre um assunto tão amplo e ao mesmo tempo polêmico, levando em consideração o público alvo do projeto, a terceira idade, a oficina – realizada no município de Sairé-PE - teve como objetivo resgatar as noções de amor e suas mais variadas vertentes: seja um amor/amigo, um amor/amante, o amor próprio e o amor pela existência em si. 

Diante disso, a proposta do amor na terceira idade contou com uma dinâmica em grupo e teve como atividade o diálogo entre a Vida e o Amor. Os idosos se juntaram em duplas e assumiram esses dois personagens. Além disso, as músicas de forró movimentaram a tarde do último dia 11 de Julho e trouxe animação para o encontro. Houve ainda uma grande troca de experiências: os participantes expuseram suas opiniões sobre o tema e as atividades feitas durante o dia. Segundo o filósofo Espinosa, “amor é alegria” e foi justamente isso que a Janete Arruda, os técnicos e a equipe de estagiários do NUSP promoveram aos idosos. 
O sucesso desse encontro permitiu concluir que a fusão do Amor e da Vida se personifica na essência de cada ser humano. Isso é tão verdade que o amor duela com a efemeridade da vida ao mesmo tempo em que precisa dessa vida para se manifestar.



Confira a Matéria realizada durante a oficina com o grupo "Nova vida Boa idade":



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