quarta-feira, 20 de julho de 2011

Barra de Guabiraba realiza Primeiro Encontro de Esportes Radicais

Em setembro, as cachoeiras do Galo e da Onça serão o cenário para o PRIMEIRO ENCONTRO DE ESPORTES RADICAIS DE BARRA DE GUABIRABA. A partir do dia 07 de setembro até fevereiro, em todos os finais de semana os adeptos dos esportes radicais vão poder participar de rapel, de tirolesa e fazer trilhas ecológicas.

A idéia do encontro é dar visibilidade às belezas naturais do município e, dessa maneira, atrair os turistas pernambucanos que estão em busca de novos cenários para a prática do esporte. As atividades esportivas serão monitoradas por profissionais do Corpo de Bombeiros da cidade, garantindo maior segurança aos visitantes.

O evento, que conta com a participação de toda comunidade local, é uma realização da Prefeitura do município e do Centro de Apoio à Mulher de Barra de Guabiraba – CEAMUB.

Outras informações podem ser obtidas através dos telefones 81 8861 6430 e 9323 7780 (Cícero – Corpo de Bombeiros).

A divulgação como estratégia de comunicação

A vida não chega pelos jornais, 
mas pela língua do povo”
por Ellen Reis

Os princípios da notícia se alicerçam no LEAD jornalístico: o que? Quem? Quando? Por quê? Como? Onde? Esses questionamentos são essenciais por propiciarem o estabelecimento da comunicação como relacionamento, ou seja, os interlocutores se conectam com o intuito de descobrir, formar e compartilhar a notícia. A informação, portanto, não é atividade de um só; as pessoas formam grupos humanos que só existem a partir de laços de comunicação. Laços que precisam ser alimentados.

Com esse pensamento foi que a jornalista Gorete Linhares, as estagiárias de comunicação do NUSP (Núcleo de Saúde Pública e Desenvolvimento Social da UFPE) e o cinegrafista Amal Ferreira realizaram uma oficina de comunicação, em Barra de Guabiraba, no último dia 13 de julho. Os quinze participantes – divididos entre artesãs, bombeiros, estudantes, professor e vereadora da cidade, vários deles promotores de município saudável – tiveram uma palestra sobre os princípios básicos da comunicação, de uma forma mais técnica, e desenvolveram atividades para a produção de peças de divulgação como release, faixa, panfleto e nota para rádio.

 
A oficina foi realizada na Escola Leobaldo Soares da Silva e teve por objetivos desenvolver a comunicação interna em um grupo tão heterogêneo e permitir que os participantes aprendessem técnicas fáceis e atrativas para divulgar os trabalhos realizados no município, levando em consideração as particularidades de cada grupo. A proposta da atividade foi produzir peças sobre um determinado evento que ocorreria no município. 

Sendo assim, o assunto em pauta foi o Primeiro Encontro de Esportes Radicais de Barra de Guabiraba. Os participantes receberam orientação técnica para a produção do release, da faixa, do panfleto e da nota de rádio, foram divididos em grupos para realizar essas quatro atividades e, posteriormente, apresentaram suas produções. Nesse último momento, a comunicação se estendeu de tal forma que houve um grande debate.

O município de Barra de Guabiraba tem um grande déficit de meios de comunicação de massa. Os 12.776 habitantes contam com uma rádio comunitária de pequeno alcance, abrangendo  a área urbana e alguns sítios apenas, e uma rádio alto-falante que percorre toda a cidade com divulgações emergenciais. Não disponibilizam nem de boletim nem de jornal impresso. Sem contar o restrito acesso à internet. 

Dessa forma, a comunicação fica ainda mais deficitária dentro da própria cidade. Então, estabelecer e fortalecer a comunicação local foram os primeiros passos dados pela oficina para que, a partir disso, as regiões circunvizinhas e todo o estado de Pernambuco conheçam Barra de Guabiraba e seus recursos.




Confira a Matéria realizada na Oficina de Comunicação com os participantes:


A gratuidade do amor na arte do encontro

por Ellen Reis
Rostos marcados pelo tempo conseguem “atar as duas pontas da vida e restaurar na velhice a adolescência”; são como relicário de gerações. Produzem riso tão facilmente por chegar à conclusão de que não há mais tempo para irar-se: o amor e a vida travam um diálogo tão finito que apressar-se é o único chamado. O grito da maturidade ecoa em vibração de alegria porque não há mais nada para perder, seja a disposição, a memória ou a cor do cabelo. Chega-se à conclusão de que a eternidade evoca-se em cada fração de segundo. A vida a partir de agora passa a ser “semente viva” que anseia pelo Já. 
 
Foi nesse contexto que surgiu a oficina temática sobre o amor e o envelhecimento do projeto “A Promoção da Saúde e o envelhecimento: um caminho para cuidar de si”, coordenado por Janete Arruda, Assistente Social e técnica do NUSP (Núcleo de Saúde Pública e Desenvolvimento Social). Tendo em vista a possibilidade de falar sobre um assunto tão amplo e ao mesmo tempo polêmico, levando em consideração o público alvo do projeto, a terceira idade, a oficina – realizada no município de Sairé-PE - teve como objetivo resgatar as noções de amor e suas mais variadas vertentes: seja um amor/amigo, um amor/amante, o amor próprio e o amor pela existência em si. 

Diante disso, a proposta do amor na terceira idade contou com uma dinâmica em grupo e teve como atividade o diálogo entre a Vida e o Amor. Os idosos se juntaram em duplas e assumiram esses dois personagens. Além disso, as músicas de forró movimentaram a tarde do último dia 11 de Julho e trouxe animação para o encontro. Houve ainda uma grande troca de experiências: os participantes expuseram suas opiniões sobre o tema e as atividades feitas durante o dia. Segundo o filósofo Espinosa, “amor é alegria” e foi justamente isso que a Janete Arruda, os técnicos e a equipe de estagiários do NUSP promoveram aos idosos. 
O sucesso desse encontro permitiu concluir que a fusão do Amor e da Vida se personifica na essência de cada ser humano. Isso é tão verdade que o amor duela com a efemeridade da vida ao mesmo tempo em que precisa dessa vida para se manifestar.



Confira a Matéria realizada durante a oficina com o grupo "Nova vida Boa idade":



terça-feira, 19 de julho de 2011

A Rede Pernambucana de Municípios Saudáveis marcou presença na Fenearte


por Ellen Reis
A literatura de cordel inundou as 32 ruas e os estandes de cinco mil expositores da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte). Os gigantes em xilogravura decoraram os 29 mil m² da Feira que apresentou a diversidade cultural do Brasil e de 35 países de todos os continentes do mundo através da arte, da gastronomia, da moda e da música. Durante dez dias o Centro de Convenções de Pernambuco (Olinda) foi o palco da maior feira do segmento da América Latina e foi nesse cenário que a Rede Pernambucana de Municípios Saúdáveis (RPMS) expôs os seus produtos.
As opções do catálogo de produtos da Rede foram bem diversificadas: desde colares, blusas e boleros até porta cachaça e arandelas (luminárias). E a matéria-prima dos produtos denota a particularidade de cada município. São Joaquim do Monte, por exemplo, contou com uma equipe de 25 mulheres para produzir seu artesanato e durante três meses utilizaram o ponto de rede de pesca para fazer cachecol, colares, faixas, blusas, descanso de mesa, capa para almofadas e xales.

 

No Espaço Social Codesf (Cooperativa para o Desenvolvimento Sustentável de São Vicente Ferrer) um grupo de oito pessoas produziu, durante seis meses, bolsas, necessaire, jogo americano e colares que tiveram a palha como matéria-prima. Já o município de Pombos contou com um grupo produtor de oito pessoas – sem contar os adolescentes – que confeccionaram cerca de 80 peças utilizando coité e cabaça, durante um mês de oficinas na Associação Cultura Viva de Artistas e Artesãos de Pombos (ACVP). Dentre os produtos estão: porta copo, colombina bordada, cestinhas, barquinhos e arandelas. Segundo Lenize Severina da Silva, artesã do município de Pombos, “os produtos estão sendo muito bem aceitos. Vendemos tanto que tivemos que repor do estoque”.
 

A Rede, representada por cinco municípios - São Joaquim do Monte, São Vicente Ferrer, Salgueiro, Limoeiro e Pombos - encerrou sua participação na Fenearte em grande estilo, pois mais de 270 mil pessoas que passaram pela exposição puderam conhecer o trabalho dos artesãos do Agreste, da Mata Sul, e do Sertão pernambucanos e promover o retorno financeiro às famílias de produtores de cada município. A Feira abriu alas à inclusão de regiões de Pernambuco, contribuiu para uma maior visibilidade no mercado e promoveu a união negócio-cultura.


Confira o vídeo da reportagem realizada no stand da Rede: